sexta-feira, 18 de março de 2011

Palavra: Avivamento e Poder de Deus


Quantas vezes ouvimos falar de grandes avivamentos e grandes demonstrações do poder de Deus através de homens de Deus na história da Igreja, homens que através somente de uma palavra o poder de Deus (Curas,expelir demônios e salvação) se manifestavam, essas coisas realmente eram incríveis através desses homens como Charles Finney, John Smith, John Wesley, Charles Spurgeon e claro os próprios discípulos de Jesus, Pedro, João, Tiago no livro de Atos e o apostolo Paulo.

O ministério desses homens e de muitos outros que não foram citados aqui, foram ministérios totalmente cheios do Poder de Deus, onde avivamentos aconteciam, vidas e mais vidas se convertiam.

Vemos na vida de Pedro em sua primeira ministração três mil pessoas foram salvas pela convicção de pecado e pelo poder manifesto naquele lugar; Na vida de Charles Finney durante 2 semanas que ele passou em um vilarejo em torno de 500 pessoas foram salvas e transformadas pelo poder de Deus. 

William Seymour foi um dos homens principais que o Espírito Santo usou para trazer o tão conhecido Avivamento da Rua Azuza, ele era um homem que ficava em torno de 7 horas por dia diante de Deus para que ele recebesse o poder e vida de Deus. E através do ministério dele MUITAS pessoas se converteram ao Senhor, vamos ver alguns relatos da época:

Uma testemunha das reuniões na Rua Bonnie Brae disse: 

“Eles gritaram durante três dias e três noites. Era Páscoa. As pessoas vieram de todos os lugares. No dia seguinte foi impossível chegar perto da casa. Quando as pessoas entraram, elas caiaram debaixo do poder de Deus; e a cidade inteira foi tocada. Eles gritaram lá até as fundações da casa cederam, mas ninguém foi ferido. Durante esses três dias havia muitas pessoas que receberam o batismo. Os doentes foram curados e os pecadores foram salvos assim que eles entraram.”

Num folheto escrito em novembro de 1905, Bartleman escreveu: 
“A correnteza do avivamento está passando pela nossa porta... O espírito de avivamento está chegando, dirigido pelo sopro de Deus, o Espírito Santo. As nuvens estão se juntando rapidamente, carregadas com uma poderosa chuva, cuja precipitação demorará apenas um pouco mais.

Heróis se levantarão da poeira da obscuridade e das circunstâncias desprezadas, cujos nomes serão escritos nas páginas eternas da fama Celestial. O Espírito está pairando novamente sobre a nossa terra, como no amanhecer da criação, e o decreto de Deus saía: "Haja luz"...

Mais uma vez o vento do avivamento está soprando ao redor do mundo. Quem está disposto a pagar o preço e responder ao chamado para que, em nosso tempo, nós possamos viver dias de visitação Divina?”

No jornal da missão, também chamado "The Apostolic Faith", temos a seguinte descrição dos cultos: 

"As reuniões foram transferidas para a Rua Azusa, e desde então as multidões estão vindo. As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus. As pessoas estão buscando no altar três vezes por dia, e fileiras e mais fileiras de cadeiras precisam ser esvaziadas e ocupadas com os que estão buscando. Não podemos dizer quantas pessoas têm sido salvas, e santificadas, e batizadas com o Espírito Santo, e curadas de todos os tipos de enfermidade. Muitos estão falando em novas línguas e alguns estão indo para campos missionários com o dom de línguas. Estamos buscando mais do poder de Deus."

Frank Bartleman também escreveu sobre os cultos na Rua Azusa: 

“O irmão Seymour normalmente se sentou atrás de duas caixas de sapato vazias, uma em cima da outra. Ele acostumava manter sua cabeça dentro da caixa de cima durante a reunião, em oração. Não havia nenhum orgulho lá. Os cultos continuavam quase sem parar. Almas sedentas poderiam ser encontradas debaixo do poder quase qualquer hora, da noite ou do dia. O lugar nunca estava fechado nem vazio. As pessoas vieram para conhecer Deus. Ele sempre estava lá. Conseqüentemente, foi uma reunião contínua. A reunião não dependeu do líder humano. Naquele velho prédio, com suas vigas baixas e chão de barro, Deus despedaçou homens e mulheres fortes, e os juntou novamente, para a Sua glória. Era um processo tremendo de revisão. O orgulho e a auto-asserção, o ego e a auto-estima, não podiam sobreviver lá. O ego religioso pregou seu próprio sermão funerário rapidamente.”

  “Nenhum assunto ou sermão foi anunciado de antemão, e não houve nenhum pregador especial por tal hora. Ninguém soube o que poderia acontecer, o que Deus faria. Tudo foi espontâneo, ordenado pelo Espírito. Nós quisemos ouvir de Deus, através de qualquer um que Ele poderia usar para falar. Nós tivemos nenhum "respeito das pessoas." O rico e educado foi igual ao pobre e ignorante, e encontrou uma morte muito mais difícil para morrer. Nós reconhecemos somente a Deus. Todos foram iguais. Nenhuma carne poderia se gloriar na presença dele. Ele não pôde usar o opiniático. Essas foram reuniões do Espírito Santo, conduzidas por Deus. Teve que começar num ambiente pobre, para manter o elemento egoísta, humano, ao lado de fora. Todos entraram juntos em humildade, aos pés dele.”

Com certeza tudo isso que lemos impactou o nosso coração e mexeu com o nosso ser, mas precisamos não somente achar bonito, interessante, maravilhoso, precisamos ter um desejo em nosso coração para que essa realidade aconteça em nosso meio hoje, todos esses homens desejaram essa realidade.

Evan Edwards desejou isso e o Pais de Gales foi totalmente tocado, Deus quer derramar o poder dEle para que venha o Reino dEle e quando esse Reino vier o avivamento acontecerá, mas quem está disposto a ser esse instrumento assim como Frank Bartleman escreveu: “Mais uma vez o vento do avivamento está soprando ao redor do mundo. Quem está disposto a pagar o preço e responder ao chamado para que, em nosso tempo, nós possamos viver dias de visitação Divina?”

Amados Deus tem uma promessa para seu povo em Joel 2:28-32 “E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões.29Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias.30Mostrarei maravilhas no céu e na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça.31O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.32E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo,”

E vemos o cumprir desta promessa em Atos 2:15-21 onde Pedro cheio do Espírito Santo fala da parte de Deus para aqueles Judeus, que depois de ouvirem se converteram verdadeiramente.

E nós, como ficamos nessa situação? A palavra de Deus é a mesma para nós, mas hoje não temos visto esse avivamento, essa conversão em massa, onde está o problema? Creio que esse problema está em mim e em você, nós não temos a disposição que esses homens tinham, vivemos um cristianismo raso sem poder de Deus, nos contentamos simplesmente com um arrepio, com falar em línguas e ser cheio de Deus para nós mesmos, e na verdade passam dois, três dias e aquele poder não existe mais.

A diferença “gritante” entre nós e esses homens é que eles recebiam do mesmo poder que nós recebemos hoje, só que com eles o depois era diferente, eles cultivavam a realidade obtida através da manifestação de Deus em suas vidas e com isso cada vez que eles abriam a boca para ministrar o poder de Deus se manifestava, cada enfermo que eles oravam era curado.

Vamos ver o exemplo de Paulo por onde quer que ele passasse, surgiam congregações cristãs. 

Veja como os resultados são registrados de modo repetitivo ao longo do livro de Atos. “... e naquele dia agregaram-se quase três mil pessoas” (2:41). “A mão do Senhor era com eles, e grande número creu e seconverteu ao Senhor” (11:21). “E muita gente se uniu ao Senhor” (11:24). “... e falaram de tal modo que creu grande multidão, tanto de judeus como de gregos” (14:1). “Alguns creram e ajuntaram-se com Paulo e Silas, e também grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição” (17:4). “Todavia, aderiram alguns homens a ele, e creram...”. (17:34). E Paulo foi capaz de referir-se ao “que por seu ministério Deus fizera entre os gentios” (21:19).

Vemos que na vida de Paulo isso era uma realidade, mas ele é diferente de nós? Claro que não, mas a diferença entre nós e ele, é a nossa busca, ele tinha um coração totalmente convertido para essa realidade de busca pelo poder e glória do Senhor.

1Corintios 2:4-5 “Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do Espírito e poder de Deus,5para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.”

Era esse poder de Deus que convertia o coração das pessoas, que levava cada uma a realidade espiritual em Deus, se não cultivarmos essa verdade nunca usaremos esse poder realmente para o objetivo central dele.

Temos que entender que esse poder de Deus veio a nós para um único objetivo, nos tornar testemunhas do Senhor, para que através desse poder pessoas sejam tocadas, Atos 1:8 “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".

Marcos 16:17 “Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados".

É essa a finalidade do poder de Deus, muitas vezes pensamos que é somente para nós, mas não é em prol do Reino de Deus somente, para que pessoas sejam alcançadas e tocadas pelo Senhor.

Mas pode existir algumas coisas que nos impedirão de receber desse poder:

1º Nos acharmos bons demais pelo poder que virá sobre nós.

2 Coríntios 4:7 “Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.”

2 Coríntios 12:9-10 “Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.”

Com certeza esse é um dos segredos por qual motivo muitas vezes não receberemos o poder que vem de Deus.

Pois somos soberbos e nos achamos muito, e por querer certa fama com esse poder Deus não libera essa dádiva sobre nossas vidas.

2º Pecado.

Isaias 59:2 “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

Não tem como o Senhor derramar a glória dEle sobre aqueles que ele não ouve, sobre aqueles que existe uma barreira que impede o Senhor de agir.

É necessário o abandono do pecado para que a glória de Deus venha pois como seremos tocados pela santidade se em nós habita o pecado.

Salmos 24:3-4 “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?4Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.”

 
3º Falta de busca.

2 Crônicas 7:14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

Não tem como existir avivamento e poder de Deus sem oração e uma busca incessante pela glórias de Deus, isso faz e sempre fez parte da vida de um homem e uma mulher de Deus.

Vamos ler uma declaração de um homem de Deus, Charles Finney:

“Converti-me poderosamente na manhã de 10 de Outubro de 1821”, escreve Charles G. Finney. Na tarde do mesmo dia recebi avassaladores batismos do Espírito Santo, que me transpassaram, conforme me pareceu, o corpo e a alma. Imediatamente me vi dotado de um tal poder do alto que algumas poucas palavras, proferidas aqui e ali, a vários indivíduos, foram o meio usado por Deus para levá-los à conversão imediata. Minhas palavras pareciam penetrar como flechas nas almas dos homens. Cortavam como uma espada. Despedaçavam os corações como um martelo. Multidões podem dar testemunho quanto a isso. Com freqüência, uma Palavra dita sem que eu dela me lembrasse depois, era bastante para infundir convicção de pecado, geralmente resultado em conversão imediata. Algumas vezes eu me encontrava quase inteiramente vazio desse poder. Se fizesse uma visita, não deixaria nenhuma impressão salvadora. Se exortava e orava, obtinha o mesmo resultado. Então eu separava um dia para jejum particular e oração, temendo que aquele poder me deixara. Eu perguntava ansiosamente a Deus qual era a razão daquele vazio. Após humilhar-me e clamar pedindo ajuda, o poder retornava como todo o seu frescor. Essa tem sido a experiência de minha vida”.
 
“Esse poder é uma grande maravilha. Por muitíssimas vezes tenho visto pessoas incapazes de resistir ao poder da Palavra. As declarações mais simples e ordinárias cortavam os homens de sua tranqüilidade como se fossem uma espada, tirando-lhes o vigor, tornando-os quase tão indefesos como se estivessem mortos. Isto aconteceu várias vezes, essa é minha própria experiência: eu não podia elevar a voz, nem proferir quaisquer palavras objetivando oração ou exortação, com vigor, mas apenas de modo muito suave, porque do contrário as pessoas ficavam como que dominadas. Esse poder parece que algumas vezes permeia a atmosfera da pessoa que dele está fortemente revestida. Muitas vezes, um grande número de crentes numa cidade se vê revestido desse poder, de tal modo que a própria atmosfera do lugar parece superdotada com a vida de Deus. Pessoas de fora que chegam e passam pela cidade são instantaneamente atingidas pela convicção de pecado e, em muitos casos, se convertem a Cristo. Quando os crentes se humilham, reconsagram toda a sua vida a Cristo, e pedem esse poder, com freqüência recebem o batismo de tal forma que passam a ser instrumentos para a conversão de mais almas, em um único dia, do que jamais conseguiram durante toda a sua vida anterior. Enquanto os crentes permanecerem suficientemente humildes para ter esse poder, a obra de conversão terá prosseguimento, até que comunidades e regiões inteiras do país se convertam a Cristo. A mesma coisa é verdadeira no caso do ministério”.

 
Onde é que se verifica a angústia de alma dos dias passados, a consciência ferida, as noites insones, os gemidos, os clamores, e horrenda convicção de pecado, os soluços e as lágrimas dos perdidos? Permita Deus que possamos ouvir e ver cenas como essas em nossa geração!
 
E quem é o culpado dessa ausência? Atribuímos essa situação de sonolência espiritual à dureza do coração de quem ouve a Palavra? Será que a falha realmente está ali? Não, meu irmão! A falha é nossa! Nós somos os únicos culpados. Se fôssemos aquilo que deveríamos ser, os sinais ainda acompanhariam o nosso ministério, como acontecia nos dias passados. Assim sendo, cada fracasso, cada sermão que deixa de quebrantar o povo, porventura não nos deveria lançar de joelhos, levando-nos a uma profunda sondagem de coração, e profunda humilhação? Jamais culpemos o povo. Se as nossas congregações estão frias, a razão é que nós estamos frios.

Conclusão

Que hoje eu e você possamos nos arrepender de por tanto tempo as nossas vidas estarem aquém desse mover do Senhor e que possamos nos humilhar e orar para que o poder e a glória de Deus venha, mas não somente orar um dia mas fazer disso uma realidade em nossas vidas, uma rotina em nossas vidas.

Deus abençoe !

Henrique
Discipulador de Jovens e Adolescentes

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