segunda-feira, 22 de março de 2010

Jesus Falsificado !!!

Imagine a situação: a Nike lança o melhor tênis que alguém poderia fazer. Sem dúvida, com 20 amortecedores hidráulicos, chip de 2 Ghz embutido e revestimento de kevlar, ele é o tênis que todos nós sempre desejamos. Contudo, na primeira propaganda que se vê, a empresa logo anuncia que ninguém poderá ter o desejado tênis, mas que os outros fabricantes devem copiá-lo se as pessoas quiserem usá-lo. Para isso, eles devem pensar em como a Nike faria o tênis, e o original é apenas um modelo para servir de cópia para os outros.

Estranho, não é?

Para aumentar a esquisitice, garanto que isso tem tudo a ver com Jesus!

A comparação é simples: muitos de nós vê Cristo como um grande homem, que é um exemplo para a humanidade, sobretudo para os “seguidores” dele. Dessa forma, ele é como alguém que está colocado em um lugar bem alto, para que todos o vejam e o imitem.

Entretanto, esse não é, e nunca foi, o objetivo do Todo Poderoso, por mais que ações baseadas na clássica pergunta “O que Jesus faria?” tenham boas intenções. Ele não quer falsificações de si mesmo!

O famoso carpinteiro não é apenas mais um sábio, como Sócrates, Aristóteles ou Epicuro, que deve servir de exemplo, até porque já tivemos grandes sábios, mas ninguém os ouviu. Com Jesus não seria diferente.

Porém, o plano do Redentor é muito maior: ele quer que matemos a nossa independência, que foi conquistada no momento em que o homem foi afastado de Deus (ou melhor, afastou-se d’Ele) para viver por conta própria.

E essa independência não é sinônimo de liberdade, que, contraditoriamente, só pode ser atingida quando somos completamente dependentes de Deus. A independência é a nossa tentativa frustrada de reencontrarmos a nossa natureza divina, fazendo o que pensamos que seja “bom”.

E essa característica é conseqüência do pecado original, no qual, ao contrário do que se pensa, não conhecemos o que é bom e o que é mal, mas adquirimos a “capacidade” de julgar o que é bom e o que é mal. Mas todos sabem que somos péssimos nisso!

Dessa maneira, Cristo quer que renunciemos essa independência (geralmente mascarada pela religiosidade ou pelo intelectualismo) com todos os nossos desejos sobre o que achamos que seja bom e passemos a depender do Pai.

Porém, essa dependência, apesar de absoluta, não é absolutista. Jesus é o super tênis ao qual temos acesso! Não há separação entre o que é divino e o que é humano! Não precisamos fazer, de nós mesmos, cópias de Jesus! A intenção é que sejamos um com Cristo e que ele não seja apenas o modelo ou norte para nossa vida, mas que ele seja a nossa vida!

A melhor pergunta não é “O que Jesus faria?”, como se ele fosse um tênis que estivesse na vitrine, mas, sim, “Jesus, o que você faz?”, já que ele está no seu pé, fazendo parte de você!

Fonte: acrevolution.blogspot.com

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